segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Final Translation Project

I decided to translate my own TCC. I wrote it in English because I had entered at University and started studying English as a foreing language. So, I translated my TCC in order to allow people who do not speak English to read it. I have a message to pass so Here it goes!!!



Agradecimentos

 

 

 

 

 

 

 

 



Eu tenho que gradecer a Deus, que sempre fez com que eu me sentisse forte para continuar minha vida e nunca pensar em desistir. Minha mãe, um exemplo para mim e também um exemplo de guerreira. Aqui está o resultado da sua luta mãe. Sem você Eu não estaria aqui. A minha orientadora, que me ajudou a ser quem eu sou na Universidade, Eu jamais esquecerei você. Eu agradeço também aos meus familiares que me deram apoio durante a minha vida acadêmica.

Resumo



 Matos, Maxwell Souza da Silva, Problematization of the theme race and racism
at a sixth grade classroom of a public school.Trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Inglês. Goiânia: Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, 2011.


O Objetivo deste presente estudo é a desmistificação e consequente conscientização do tema “Raça e Racismo” em uma sala de aula de sexto ano de uma escola pública. Em meio a tantos acontecimentos visíveis da atualidade, tais como: a vitória do primeiro presidente negro dos EUA, a nomeação de um ator negro para o papel principal em uma novela do horário nobre e a aprovação da união homo afetiva no Brasil, não devemos deixar de discutir criticamente tais assuntos que estão sendo abordados na sociedade em que vivemos. No papel de educadores, acredito ser fundamental a problematização de temas como os que acima foram citados. Ainda que os alunos sejam pré-adolescentes, com pouco vocabulário de língua Inglesa e às vezes, pouco conhecimento sobre tais temas, não podemos ter um posicionamento neutro. Somos agentes transformadores da educação; conhecimento é produzido entres dois seres, professores e alunos (Freire, 1982). A língua e a linguagem não é um espaço de neutralidade, mas sim, um espaço de conscientização e por que não transformação? (Rajagopalan, 2006). Ou seja, além de ensinarmos a língua Inglesa com suas regras, dificuldades e peculiaridades, também devemos apontar situações da língua que muito dificilmente nossos alunos teriam vivenciado, (Silva, 2010). Situações tal como temas críticos que possam ser discutidos para que haja uma reflexão e conscientização na vida de cada um desses alunos. A Língua/Linguagem expressa pensamentos, expectativas, dores e dúvidas que o ser humano não consegue imaginar na sua própria identidade. (pennycook, 2006). È isso que nós, professores, devemos instigar em nossos alunos, uma reflexão da prática política, dos deveres e direitos e dos poderes que os mesmos têm através da língua. Assim, afirmo que o poder da língua e da linguagem é imensurável, capaz de transformar e fundamentar histórias cruéis e racistas em verdades absolutas. No papel de professores de Inglês, é necessário que usemos a língua como fator determinante na construção civil e social de cada um de nossos alunos. 

Introdução


 È incrível como em pleno século 21, com tanta informação e tecnologia, muitas pessoas ainda não se ativeram a alguns episódios que tem acontecido pelo mundo afora. Esses episódios têm sido alvo de discussões, ataques e preconceitos ao redor do mundo. Em outras palavras, o mundo tem se deparado com situações inusitadas que de uma forma ou de outra nos tocaram profundamente. Fazendo com que nós seres habitantes desse mundo nos posicionássemos contra ou a favor desses acontecimentos.
Tivemos a explosão no mundo da moda da modelo transexual Lea T, filha do ex-craque do futebol Toninho Cerezo, chocando a sociedade como um todo, além disso, na última eleição dos Estados Unidos, o presidente eleito vem de uma classe pobre e por falar nisso, è “negro” causando assim indignação a muitos e agradando por outro lado a muitos outros. O ator escolhido para interpretar o galã da novela do horário nobre da rede Globo também é “negro”, confirmando assim a ascensão do negro na atualidade, a última versão do filme Cinderela da Disney trás uma atriz negra no papel principal ocasionando sem devaneios desconforto a muita gente nas classes sociais mais elevadas. E o mais recente acontecimento no cenário nacional, a aceitação da união homo afetiva no Brasil.
Esses fatos são pontuais para a elaboração do meu projeto de conclusão de curso. Foram tais fatos que me levaram a pensar na elaboração de uma pesquisa a ser desenvolvida no Centro de Ensino e Pesquisa aplicada à Educação, da UFG, na sala de aula de língua Inglesa do sexto ano. Então, resolvi focar o meu trabalho nas questões que tratam de raça e racismo, pois acredito que no momento e no contexto que estou inserido seja o melhor assunto a ser discutido, pesquisado e abordado.
As questões críticas como classe, raça, etnia, preconceitos, estereótipos, gêneros e sexualidade vem sendo abordadas no contexto escolar. Seja através dos livros didáticos e ou materiais elaborados ou adaptados pelos professores. Porém, essas abordagens ainda continuam muito higienizadas, quero dizer, ainda há um medo em se falar, discutir esses fatos, problematizá-los. De fato, há uma abordagem muito politicamente correta desses assuntos tanto pelos livros didáticos como pelos professores de um modo geral. Assuntos estes, que, em grande parte nós encaramos todos os dias nas situações mais comuns de nossas vidas. Então como deixarmos passar despercebidos assuntos que, de fato, estão do nosso lado. Além disso, não podemos deixar de tratar tais fatos que são relevantes para a construção da educação do ser humano.
Este estudo objetiva-se a problematização do tema raça e racismo em uma sala de aula de 6º ano de uma escola Pública. (Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação- CEPAE_UFG). A intenção com a problematização desses temas críticos específicos é de após discussões em sala de aula, os alunos refletirem e pensarem mais conscientes a cerca do tema discutido. Ainda que não haja uma transformação, uma vez que esse não é o objetivo, a pesquisa quer implicar na reflexão crítica do tema raça e racismo.   As a means of pursuing this objective, this study aims at investigating the following research questions:
(1)  A pesquisa quer ver se os alunos do 6º ano do CEPAE preferem usar o livro didático ou os materiais elaborados pelo estagiário. (os materiais elaborados pelo estagiário são todos focados no ensino crítico-reflexivo, relacionados ao tema raça e racismo.)
(2)  Observar se os aprenderam mais com as atividades elaboradas pelo estagiário. No sentido Língua e conteúdo.

Por tudo isso, meu intuito com essa pesquisa é de desenvolver nos alunos do 6º ano do CEPAE, uma identidade crítica-reflexiva sobre acerca do tema raça e racismo, visando assim, num futuro próximo seres humanos mais conscientes quanto ao racismo, preconceitos e principalmente quanto às relações humanas.












Referencial Teórico


O professor de Língua estrangeira tem uma importância fundamental a serviço da educação, assim como, a identidade cultural e crítica de seus alunos. Ou seja, existe um aprendizado cultural e crítico que acontece em um processo natural pelo qual os seres humanos internalizam os conhecimentos críticos para agir em uma sociedade de acordo com Savignon affirms, (1987), e outro aprendizado que é transmitido pelos professores de um modo geral através de suas práticas diárias em sala de aula como sugere Sarmento (2003). Práticas essas como discussões, leituras e textos críticos reflexivos atuais. Em outras palavras o Professor de línguas estrangeira, é responsável diretamente pelo aprendizado crítico-reflexivo e conscientizador de seus alunos. A educação não pode ser vista pelos professores de Língua Inglesa como uma simples prática. (Sarmento, 2003). Ela deve ser vista como ação modificadora e consciente. O professor de Língua inglesa deve ter um discurso críitico-conscientizador. 
Nas Palavras de Sarmento, quem ensina Língua inglesa não pode deixar de se colocar criticamente em relação ao discurso dominante dessa língua que é muitas vezes apresentada como sendo permeada de uma neutralidade cultural e política. Indiscutivelmente, a educação do ser humano deve ser feita através do ensino Crítico. De acordo com Ferreira (2006) o ensino crítico relaciona-se com a forma como se ensina em sala de aula, seus objetivos, seu papel na sociedade e a habilidade de agir reflexivamente. Além disso, Ferreira (2006) ainda afirma que a prática de ensino crítico envolve uma dinâmica e um movimento dialético entre fazer e refletir fazendo. Por isso, acredito que problematizar tema da atualidade em sala de aula de língua Inglesa, oferece uma oportunidade maior para o aprendizado de Língua Inglesa assim como a melhoria da Educação como um todo.  
Os alunos veem os seus professores como modelos de aprendizados e espelhos de vida. Muitos saem da sala de aula e vão trabalhar observando a maneira com que seus mestres atuam no dia a dia. Nesse sentido, acredito que os professores devem aproveitar essa visão que lhes é dado para acender em seus alunos o desejo crítico de se comunicar, pensar e agir reflexivamente. Os alunos necessitam de ajuda para aprender a argumentar, a respeitar as idéias dos outros, como cooperar, como ajudar o colega em necessidade and so on (ferreira 2006).  Poucas pessoas nascem com esse posicionamento direto perante a sociedade. Dentro da sala de aula, esses posicionamentos podem e deve ser desenvolvido, isso, sem dúvida nenhuma é papel de nós professores de Língua Inglesa tentar desenvolver em nossos alunos. 
De acordo com Paulo freire, (1996, p.43) o ensino reflexivo é aquele que vai além de uma forma ingênua de pensar; faz com que o professor seja responsável por sua própria educação. È necessário pensar que podemos nos educar criticamente ao passo que ensinamos. Tanto os alunos como os professores. Não devemos higienizar as questões críticas que estão ao nosso redor. São através das problematizações dessas questões que aprendemos a refletir; e assim, conscientizar em seguida os nossos alunos. Deste modo, ensino crítico deve discutir os conceitos de poder, classe, raça, etnia, preconceitos, estereótipos, gêneros e sexualidade. (Pennycook, 1999).
Há uma necessidade de problematizar essas questões que citei acima, pensando no poder transformador que o ensino crítico pode ter. Quero dizer, a reflexão e conscientização dessas questões estão diretamente ligadas à seleção de textos relacionados a elas pelos professores de Língua Inglesa. Mais uma vez è papel do professor problematizar, para que assim, tenha uma reflexão e conseqüente conscientização dos temas críticos problematizadas. Há uma necessidade enorme em se problematizar, por exemplo, a questão do racismo em território escolar do nosso país. De acordo com Ferreira (2006), além de problematizar, os professores também precisam saber como ajudar os alunos a desconstruírem o racismo existente dentro e fora do espaço escolar. 
Se analisarmos que a escola é uma representação micro do que é a sociedade em seu todo. Ou seja, que existem diferentes mundos, pessoas, culturas, educações e formas de pensar em conflito, iremos perceber que a pedagogia crítica pode ser desenvolvida  sem  nenhuma  dificuldade nesse contexto. Observando que ela busca compreender e criticar a situação histórica e sociopolítica da escolarização, bem como alargar as práticas pedagógicas que buscam não só mudar a natureza da escolarização, mas da sociedade em geral. (Pennycook, 1998). Através da pedagogia crítica, devemos  problematizar crítico e reflexivamente o tema  raça e racismo no anseio de conscientizar  os  alunos de  que não há diferença entre os seres humanos por conta, apenas, de uma cor que os distingue. Se o conhecimento é socialmente construído como afirma Sarmento (2003) e também Pennycook (1998) confirma è por ele que deve haver a conscientização da questão raça e racismo.
 Considerando o conhecimento como sendo socialmente construído e todas as reivindicações de conhecimento como sendo, portanto, ”interessadas”, a pedagogia crítica busca explorar e questionar os tipos de conhecimento produzidos e legitimados nas escolas. Essa posição leva a enfatizar como as subjetividades são construídas dentro e a partir das escolas e como a voz do aluno e a cultura popular são formas deslegitimadas de cultura e de conhecimento que os alunos trazem para as escolas (Pennycook, 1998, p.45).

 Em conclusão, o ensino crítico é uma ferramenta política e cultural que lida com seriedade a questão das diferenças humanas. Principalmente as diferenças que tratam de poder, classe, raça, etnia, preconceitos, estereótipos, gêneros e sexualidade. O ensino crítico problematiza tais temas no desejo de refletir sobre conceitos desiguais e preconceituosos que a sociedade tem pregado ao longo dos anos. Além disso, visa à melhoria da educação em geral e a construção da cidadania. Através do contexto escolar, onde se encontram professor e aluno, é que é construído identidades, seja ela étnica sexual ou profissional. Gomes, 1996, p.86 citado por Ferreira (2006). Por isso, a problematização de temas críticos em sala de aula é necessária. Através dela conseguimos perceber o ser humano transformar-se, consequentemente se ater as questões pedagógicas que tentam gerar a superação do racismo bem como a discriminação racial e de gênero em nossa sociedade.












Metodologia

No primeiro semestre do corrente ano, enquanto fazia estágio na Escola pública a qual ministrei aulas, fui percebendo a necessidade de uma ação para com os alunos, os quais eu estava observando. Eu percebi que os alunos precisavam discutir temas atuais e críticos em sala de aula. Sempre que tínhamos uma possibilidade de conversar dentro da sala de aula e ou mesmo nos corredores, eles sempre tocavam em assuntos que a mídia estava expondo, assim como os que venho sempre citando em meu trabalho( racismo, preconceitos, estereótipos), assim tive a ideia de fazer uma pesquisa-ação focalizando esses temas para discussões. O intuito principal dessa pesquisa era desmistificar e problematizar temas críticos, e enfatizar o conceito “raça e racismo”. Assim é que digo que esse estudo é uma pesquisa ação. Esse tipo de pesquisa foi escolhido porque ela me possibilitará observar, tomar decisões, refletir em uma maneira mais sistematizada, organizada do que nós fazemos com as nossas experiências diárias. Uma pesquisa-ação nada mais é que uma pesquisa participante engajada, em contraste com a pesquisa tradicional que é independente, não produz ação, sendo portanto objetiva. Na pesquisa–ação temos o desejo de juntar á teoria com a prática. Em outras palavras, é o ato de se usar a teoria em um contexto onde á prática pode e deve surtir efeitos. Faz-se uso dá pesquisa- ação quando se deseja uma mudança, melhoria e acima de tudo resultados acerca da pesquisa ao qual você está trabalhando. Geralmente, uma pesquisa-ação trabalha em cima de reflexões, quero dizer, através dos resultados obtidos; faço analises e então entro com uma ação. Não podemos deixar de falar o quanto a pesquisa-ação é importante para o desenvolvimento profissional do professor de inglês. Esse tipo de pesquisa é uma ponte para o desenvolvimento profissional de “dentro para fora”, uma vez que, com as dificuldades das pessoas envolvidas na prática, pelos seu engajamento, acontecem o desenvolvimento profissional. (Nunan”,1992.)
  Action research is a path to guarantee a reflective addition concerning the existing knowledge about the issues that will be approached by me (André, 2000). It also means fabricating change, such as action and comprehension, which would be the research done to make change possible. Through both concepts, change (action), and comprehension (research) I aim to produce change or improvement in the process of teaching and learning. Um dos melhores contextos para aplicação da pesquisa-ação é o contexto escolar. O meio onde há interação social, pouco cooperativismo e uma falta de ações humanas transformadoras das verdades absolutas, tais como racismo, preconceitos, estereótipos e inferiorização. Neste contexto a minha pesquisa-ação visa atingir uma relevância prática dos estudos mencionados no referencial teórico, para que haja uma ação e consequente transformação.  Ainda posso acrescentar que a pesquisa-ação e cíclica, ou seja, os resultados finais servem de base para o melhoramento e possível mudança das fases iniciais da minha pesquisa. Está pesquisa-ação é uma pesquisa de caráter qualitativo. Pesquisas qualitativas se particularizam por apresentar um enfoque naturalista, ou seja, são realizadas em seu ambiente natural, no meu caso, realizei essa pesquisa em uma sala de aula de língua Inglesa (Denzin; Lincoln, 2006).
A pesquisa ação que eu desejo desenvolver teve início no último Agosto, 2011 e terminou em meados de novembro do mesmo ano. Vale á pena frisar que eu deveria dar oito aulas com caráter de pesquisa-ação; como a escola que eu faço pesquisa teve alguns eventos e ou situações nas quais não pude atuar durante esse período, acabei por ministrar quatro aulas com caráter de pesquisa-ação. A pesquisa aconteceu em uma sala de aula de sexto ano durante o período da manhã. Essa turma de alunos foi sugerida pelo meu professor colaborador, uma vez que o meu projeto era trabalhar com ensino crítico para pré-adolescentes. A sala de aula onde eu realizei a minha pesquisa e composta por 25 alunos, sendo a maioria branca e sendo apenas dois alunos negros. A sala de aula é confortável e adequada aos padrões de ensino e o professor trabalha com lousa negra, usa o livro como recurso para suas aulas é um caderno de exercícios extras. Com essas características e muito boa vontade, o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação, a model public educational institution of the state, has opened its doors so that I could apply my action research.
The participants’ age vary from 11 to 13 years old.  Moreover, I am counting with the unswerving contribution of the sixth grade collaborating teacher. He will help me with the lesson planning, the reflective and descriptive observations and the reflective sessions following each class given by me.
In order to gather data for my research I shall use instruments and procedures such as questionnaires, descriptive and reflective observations, diaries, and reflective sessions. Questionario é um instrumento de coleta de informações, dados. É uma técnica de investigação composta por um pequeno número de questões apresentadas por escrito e que tem o objetivo de propiciar determinado conhecimento ao pesquisador. o questionário e uma das formas pela qual obterei dados para o planejamento da minha pesquisa do planejamento escolar no qual estou imerso de acordo com Nunan:
(…)  the questionnaire is a relatively popular means of collecting data. It enables the researcher to collect data in field settings, and the data themselves are more amenable to quantification than discursive data such as free-form fieldnotes, participant observers’journals, the trasncripts of oral language.
(Nunan,1992,pág.143).

  Existem vários tipos de questionários sendo eles abertos, fechados e mistos. Na minha pesquisa fez-se necessário a utilização de questionários abertos, pois seriam melhor respostas apresentadas textualmente e de forma livre. (Nunan,1992). O uso dos questionários abertos permitiu que os alunos se expressassem de forma real e profunda, trazendo assim nas suas respostas, representações do que os mesmos já haviam vivido em suas vidas. Questionários abertos sempre permitem que os alunos expressem o que realmente eles querem dizer. Eu Alicarei um questionário inicial e um final para  meu professor colaborador. As questões serão: Que princípios teóricos fundamentam o seu trabalho pedagógico?/ Como são as aulas de Inglês do sexto ano? Além disso, eui aplicarei questionários para os alunos em cada aula que eu der tais como: O que você entende sobre as atividades que nos fizemos? O que você aprendeu nessa atividade? Será um questionário inicial e um final. Para complementar meu professor colaborador fará depois de cada aula notas descritivas e observações reflexivas sobre minhas aulas.  Essas observações serviram para eu melhorar minhas dificuldades observadas por ele. Observação significa estudar e recolher informações sobre uma atividade. O professor colaborador faria isso de modo a melhorar a minha identidade como professor e agente transformador da realidade do contexto em que eu estava ensinando.  Então, eu levarei todas as observações em consideração para fazer melhor na próxima aula. Eu escreverei em um diário minhas observações sobre as aulas ao final de cada uma delas e também observações sobre minha prática de ensino. Diários são extremamente importante para as pesquisas no campo da linguagem. Eles são como uma ponte que une o professor e o seu desabafo, ou seja, a intimidade que o professor tem com ele faz com que as notas reflexivas do professor sejam de grande valia no desenvolvimento da sua identidade e consequente desenvolvimento da sua turma de alunos. Diários são importantes na realização da pesquisa-ação. É a nota diária que o investigador faz do desenvolvimento do projeto.  Em geral, os comentários no diário podem ser utilizados como dados. No entanto, são diferentes das informações, notas, questionários ou outros dados recolhidos com a intenção de obter informações para o elemento estudado. Além disso, o diário contém informações sobre o pesquisador, o que ele faz e como está oandamento da  pesquisa. De fato o diário complementa com suas notas o processo da investigação. (Nunan,1992). And I will have reflective sessions after each class with my collaborating teacher. My intention by using them was to collect as many data as possible during my research, so that I may, subsequently, analyze the results. Depois de ter coletado todos os dados, fiz uma categorização de todos eles e a partir de então comecei a analizar os dados. Confesso que fiquei bem surpreso no primeiro momento com os resultados que eu estava vendo na análise, em contrapartida num Segundo momento, eu conseguia ver que a minha ação estava fazendo efeito. Foi feito então um trabalho de reflexão em cima de todos os dados que por mom foi coletado e a seguir apresentarei, comentarei e discutirei acerca de todos os dados que por mim for aqui mencionado.



















Análise de dados

A sala de aula onde realizei a pesquisa, era no pavimento superior do colégio, tinha um tamanho adequado para a quantidade de alunos. Ao todo, eram vinte e cinco, sendo a maioria mulheres. Os alunos ficavam dispostos em filas indianas. A faixa etária era compreendida entre 11 e 13 anos. A maioria era branca, havendo também alguns pardos e dois negros.
No primeiro dia de aula, os alunos foram receptivos, embora estivessem bastante inquietos. Inicialmente dividi a turma em 4 grupos de 6 pessoas em média, aplicando, em seguida, um warmer com figuras de pessoas de diferentes “raças” (negras, brancas e pardas) em situações do dia a dia. Por meio do ensino de superlativos, propus a seguinte atividade: os alunos teriam que escolher, dentre as pessoas apresentadas, aquela mais bonita, a mais inteligente, a mais bacana e a mais amigável. O objetivo era observar possíveis manifestações racistas individuais e na interação entre os alunos; e, em caso afirmativo, como ela era.
Foi notório o envolvimento dos alunos, pois nunca haviam feito algo parecido. Quanto às respostas, constatei que a maioria optou pelas pessoas brancas em todas as categorias. Poucas vezes pude observar pessoas negras sendo escolhidas. Além disso, eram visíveis as brincadeiras em tom pejorativo em relação às figuras de negros. Não houve manifestação contrária às piadas nem aos comentários maldosos em nenhum momento.
Na segunda atividade, ainda utilizando as mesmas figuras, ensinei algumas ocupações lícitas e outras ilícitas, valendo-me, para isso, da técnica de repetições (“drill”). Aproveitei para revisar o verbo “to be”, conteúdo ministrado na aula anterior. Com isso, tive como meta verificar um possível racismo inconsciente nos alunos. Dentre as ocupações, estavam: “serial killer”, “drug addict”, “thief”, “prison officer” e “miner”. Os alunos apresentaram os seguintes resultados: para “serial killer”, 22 indicaram Lucas (negro) e 3 escolheram Patrícia (parda); para “drug addict”, houve certo equilíbrio, com 10 alunos indicando Otávio (branco) e 13 indicando Carla (negra); para “thief”, 7 alunos optaram por Cláudia (negra), 9, André (negro) e 8, Joana (branca); quanto a “prison officer”, houve 15 indicações para Frederico (negro e corpulento); por último, quanto ao “miner”, houve novamente um equilíbrio, com 8 indicações para Júlia (negra) e 9 para Antônio (branco).  Os dados confirmam, portanto, esse racismo inconsciente, oriundo do contexto em que os alunos estão imersos. Consequentemente isso se revela nas atitudes e escolhas dentro da sala de aula.
Na atividade seguinte, entreguei um “handout” com a definição de raça e racismo encontrada no dicionário Collins Cobuild  (2006). Após a leitura promovi a discussão do tema com os alunos, que participaram intensamente com exemplos e opiniões contrárias àquelas manifestadas na atividade anterior, em que os negros foram escolhidos de forma majoritária nas ocupações lícitas e marginalizadas socialmente (“miner” e “prison officer”) e nas ilícitas (“serial killer”, “drug addict”, “thief”).
Nesse momento, os próprios alunos perceberam que estavam agindo de forma racista, haja vista um grupo de alunas brancas que fizeram o seguinte comentário:

“Nossa, professor, nós só colocamos nas posições mais baixas as pessoas negras, porque, na nossa cabeça, elas são as que ocupam as classes mais desfavorecidas” (Diário do Professor referente à primeira aula).

 Elas ainda relataram que não conseguiam visualizar um advogado negro, justificando, assim, sua resposta ao exercício. Em contrapartida, um aluno pardo comentou que seu pai havia dito, após a eleição do Presidente Obama, que a Casa Branca agora deveria se chamar “Casa Negra”. Com esse exemplo, o aluno aproveitou para rebater o argumento das meninas, demonstrando a possibilidade de ascensão do negro na sociedade americana, tão marcada por práticas racistas (Idem).
Terminada a atividade, apliquei um questionário sobre a aula e, em seguida, um exercício de “homework”, em que os alunos deveriam escrever sobre raça e racismo.
Portanto, conforme esperava, os alunos inicialmente demonstraram um racismo inconsciente, o que somente foi percebido quando de sua interação com o professor por meio das atividades propostas. Ou seja, nossa interação possibilitou uma abertura para a conscientização de uma prática há alguns anos internalizada e, por isso, imperceptível sem intermédio de um ambiente propício para o confronto entre diferentes discursos. Esse confronto, pois, é imprescindível para a desconstrução do racismo na sala de aula.
No segundo dia de aula, os alunos já se mostraram curiosos desde o início por terem se interessado pelo tema do primeiro dia. Não foi difícil manter a atenção dos alunos. Alguns me entregaram a tarefa de casa (“homework”), e, em seguida, dei início à segunda aula.
Primeiramente distribuí figuras, no quadro, de homens e mulheres brancos, negros e pardos em diferentes posições sociais. O objetivo era verificar a percepção dos alunos acerca de estereótipos. Dividi a turma em quatro grupos de seis alunos e fiz as seguintes perguntas: “Se vocês fossem os donos de uma agência de modelo, quem vocês selecionariam para fazer parte dela?”; “Se vocês fossem diretores de uma novela, quem vocês escolheriam para ser a protagonista, o vilão, a atriz coadjuvante, o galã e o assassino?”.
Em resposta à primeira pergunta, dois grupos escolheram Renata e Luiz Felipe (casal branco) e os demais, Débora e Felipe (casal negro). Quanto à segunda pergunta, três grupos escolheram Débora (negra, de cabelos crespos) como protagonista; dois grupos optaram por Luiz Felipe (branco, de cabelos lisos) como galã; um grupo formou um casal negro como protagonistas, escolhendo Felipe (negro, careca) como galã e Débora como protagonista; e um grupo formou um casal totalmente branco, escolhendo Renata (branca de cabelos lisos) como protagonista e Kauã (branco, de cabelos ondulados) como galã. Quanto ao vilão e à atriz coadjuvante, os grupos foram unânimes na escolha de Gisele (negra, de uniforme) como atriz coadjuvante e Carolina (branca, de vestido de festa) como vilã. Em relação ao assassino, três grupos decidiram por Paula (parda, de cabelos lisos e longos) e um grupo optou por Renata (branca, de cabelos lisos e longos).
Sendo assim, os dados mostram claramente uma mudança entre a primeira e a segunda aula no que diz respeito à aceitação do negro em posições de destaque. Tanto é verdade, que houve a formação de casais negros como modelos e protagonista de uma novela. Mesmo assim, pude notar o estereótipo do negro em posições sociais consideradas socialmente inferiores e marginalizadas, como de atriz coadjuvante e assassina.
Em seguida, propus um “drill” (repetição), no qual os alunos teriam que traduzir uma definição de preconceito oralmente. O objetivo era de, por meio da definição, abrir espaço para uma discussão acerca da opinião dos alunos sobre o tema. Discutimos as seguintes perguntas: “Vocês acham que existe preconceito contra pessoas negras no Brasil?; E contra gays e pobres?; O que podemos fazer para mudar essa situação em nossa sociedade?”
Durante a discussão, observei que os alunos concordavam com a existência de preconceito não somente contra os grupos sociais sugeridos, mas também contra deficientes e gordos, mesmo que velado. Não tive dúvidas de que, por meio da problematização de temas críticos, como raça, racismo e preconceito, a conscientização se tornava ainda maior. Ou seja, as práticas racistas e preconceituosas tornavam-se cada vez mais perceptíveis para cada aluno.
Terminada a atividade, apliquei um questionário sobre a aula e, em seguida um exercício de “homework”, em que os alunos deveriam escrever sobre preconceito.
Nesse dia, concluí que a sala de aula pode e deve ser um ambiente para a problematização de temas importantes para a construção de identidades individuais e coletivas. Os alunos demonstraram uma transformação, ainda que incipiente, de suas concepções acerca de estereótipos envolvendo grupos minoritários na sociedade, o que pode levar à diminuição do preconceito.
Em resposta às questões levantadas na pesquisa, observei que os alunos, de uma maneira geral, entendem raça como a cor da pele, isto é, raça branca, negra, parda etc, como bem ilustra o texto de uma aluna:

“Raça é a espécie que constitui uma pessoa, por exemplo, brancos, negros, amarelos, mistos...”

Quanto ao racismo, este é compreendido como o sentimento de superioridade de uma raça perante a outra, como se pode depreender do conceito formulado por um aluno:

 “... racismo é quando alguma raça se acha superior à outra, subjugando-a. A exclusão é um exemplo de racismo; quando uns nem chegam perto dos outros”.   

Com as aulas sobre raça, racismo e preconceito, os alunos perceberam sua maior participação em contraste com as aulas focadas no livro didático, consideradas monótonas e pouco produtivas, conforme resposta ao questionário final:

 “Achei muito bom falar sobre raça e racismo; desenvolvemos muito, e aprendemos que não podemos ter preconceito e que devemos aceitar as pessoas como são”.

Além disso, os alunos perceberam suas próprias práticas racistas e preconceituosas:

 “Muito importantes (as aulas), pois havia algumas pessoas na minha sala, durante as atividades, que usavam a imagem de negros para dizer que eram ladrões, vilões etc” (questionário final). 

Os alunos fizeram uma reflexão significativa sobre o tema proposto, questionando suas próprias atitudes, debatendo entre si e com o professor e respondendo aos exercícios bem como redigindo um pequeno texto sobre raça, racismo e preconceito:

“Ótimas, amei, aprendi várias coisas legais que me ensinaram como lidar com o racismo”; “Gostei muito de aprender sobre isso, porque estava aprendendo coisas que ocorrem no dia a dia e que afetam a sociedade” (questionário final).

 Quanto à língua, os alunos mencionaram a aprendizagem de vocabulário, a exemplo de adjetivos sobre aparência, superlativos qualificadores de personalidade, diferentes nacionalidades, novos verbos e diferentes ocupações:

 “Essas atividades ensinam a lidar com o racismo, não só no Brasil, como nos EUA, Canadá. Não só aprendemos sobre racismo, como aprendemos palavras em inglês. Além disso, aprendemos a trabalhar em grupo, um ajudando o outro. Foi muito divertido” (questionário final).








Conclusão

Desde o inicio da minha faculdade não havia dúvidas em mim que dissesse o contrário, Eu iria ser um agente transformador dessa sociedade tão injusta e cruel. Sociedade essa que eu pertenço e também colaboro para que ela seja assim.  Existia dentro de mim um desejo de conscientização e por que transformação. Com esse intuito, trabalhei em cima desse projeto que muito me fez pensar, crescer e sem duvidas, continuar sonhando.  Através de todos os dias ensinados e todos os dados coletados fui percebendo que o meu desejo de mudança na percepção “racista e preconceituosa”  daquela sala de aula de sexto ano de uma escola pública ia surtindo efeito. Na primeira vez que problematizei o tema raça e racismo sai muito triste da sala; era visível e auditivo o comportamento racista e preconceituoso da maioria dos alunos ali presente. Na segunda atividade já fui pra casa bem mais aliviado e com o desejo de voltar, pois a conscientização por parte dos alunos estava acontecendo.
Percebi, além disso, o quanto o meu papel como professor é responsável pela transformação de cada identidade que comigo dividiu conhecimento. No contexto escolar, principalmente dentro da sala de aula, cada vez que problematizamos um tema crítico, professor e aluno produzia conhecimento.  Pude perceber que existia um racismo inconsciente por parte de cada aluno, essa inconsciência vinha das situações vividas no dia-a- dia e principalmente no que a mídia exibia. Mas o melhor de tudo foi notificar que, uma vez problematizado, explicado e comentado, esses temas que inconscientemente vinham carregados de racismo e preconceitos se tornavam  claros e desmitificados. Ou seja, nós, no papel de educadores e agentes transformadores da sociedade, devemos nos posicionar perante tais fatos e realidades da sociedade e trazer essas discussões para a sala de aula de pré-adolescentes. Os alunos ficaram muito mais interessados com a aula por conta da problematização dos temas e com isso aprenderam muito mais Língua Inglesa.
Não posso deixar de concluir também o quanto esta pesquisa serviu para o meu crescimento pessoal e profissional. Eu não tenho dúvidas do quanto eu sou mais humano e respeitoso depois da minha pesquisa. Aprendi ainda mais a lidar com o ser humano que está ao meu redor e aprendi na prática o quanto é bom e valioso respeitar um ser humano por suas diferenças. Quanto a minha identidade como profissional é imensurável o quanto eu cresci como professor-estagiário no Centro de Educação e Pesquisa Aplicada à Educação. O amontoado de experiências que adiquiri durante essa pesquisa vai me ser útil e por todos os caminhos que eu trilhar. As mudanças serão significativas para sempre e e eu sempre lutarei para que a nossa sociedade seja mais justa, respeitosa e acima de tudo que o ser humano viva com direitos iguais.



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